sábado, 28 de fevereiro de 2009

A ÍNDIA E SUAS CASTAS

A ÍNDIA E SUAS CASTAS

QUEM SÃO OS DALITS?

Com a novela "Caminho das índias" no ar é bom saber de que se trata. Fica muito bonito nas novelas, mas na real é muito triste, a vida deles. Vamos orar, que é o que mais podemos fazer.
QUEM SÃO OS DALITS ???
Poucas pessoas no mundo têm experimentado um nível de abuso e pobreza como os 300 milhões de Dalits ou "intocáveis" da Índia. Por 3.000 anos eles têm vivido num ciclo de discrimação e desespero sem esperança de escape. Para os Dalits, dor e sofrimento são parte da vida. Eles estão presos a um sistema de castas que nega a eles adequada educação, água potável, empregos com decente pagamento e o direito à terra ou à casa própria. A cada duas horas Dalits são assaltados e duas casas de Dalits são queimadas.
A cada dia, dois Dalits são assassinados. Discriminados e oprimidos, Dalits são freqüentemente vítimas de violentos crimes. Em 15 de Outubro no Estado de Haryana, cinco jovens Dalits foram linchados por uma multidão por tirarem à pele de uma vaca morta, da qual eles tinham legal direito para fazer. A Polícia, segundo consta, ficou parada sem nada fazer e permitiu que a violência continuasse. Em 1999, vinte e três trabalhadores agrícolas Dalits (incluindo mulheres e crianças) foram assassinados por seguranças particulares de um fazendeiro de alta-casta.
O crime deles?
Ouvir a um partido político local com considerações que ameaçavam o domínio do fazendeiro sobre Dalits locais como mão de obra barata. Embora leis contra a descriminação de castas tenham sido aprovadas, a discriminação continua e pouco é feito para processar os acusados. Em anos recentes, porém, tem havido um crescente desejo por liberdade entre os Dalits e castas baixas hindus. Líderes como Ram Raj tem vindo à frente exigindo justiça e liberdade da escravidão das castas e da perseguição. Uma detalhada "Carta dos Direitos Humanos dos Dalits" foi redigida com apelos para a Comunidade Internacional e para a ONU, na esperança que isto colocaria uma pressão positiva sobre o Governo Indiano. Mas pouco tem mudado, até recentemente.
Em Outubro de 2001, líderes Dalits se encontram com 740 líderes cristãos na Índia em uma histórica reunião. Pela graça de Deus, os líderes Dalits reconheceram que a verdadeira esperança e liberdade para seu povo não será encontrada numa revolução social, mas em uma nova crença.
Eles concordaram em permitir que as pessoas sigam a Cristo, se estas pessoas decidirem por isso. Os líderes cristãos, em troca, se comprometeram ajudar esse movimento em massa, apesar dos riscos envolvidos. Originalmente, alguns anos atrás, o líder Dalit (especificamente Ram Raj e outros) tinha se encontrado com certos cristãos na Índia que tinham recusado aceitar este esmagador número de pessoas em suas igrejas. Desencorajado, os líderes Dalits, como o líder Dr. Ambedkar então se converteram ao Budismo. Pela graça de Deus, a porta está agora aberta para milhões experimentarem esperança e verdadeira liberdade através de nosso Senhor.
Fatos sobre os Dalits:
• A cada dia, três mulheres Dalits são estrupadas;
• Crianças Dalits são freqüentemente forçadas a sentarem de costas nas suas salas de aula, ou mesmo fora da sala;
• A cada hora, duas casas de Dalits são queimadas;
• A maioria das pessoas das castas altas evitam ter Dalits preparando a sua comida, por medo de se tornarem imundos;
• A cada hora, dois Dalits são assaltados;
• Em muitas partes da Índia, Dalits não são permitidos entrar nos templos e outros lugares religiosos;
• 66% são analfabetos;
• A taxa de mortalidade infantil é perto de 10%;
• A 70% é negado o direito de adorarem em templos locais;
• 57% das crianças Dalits abaixo da idade de quatro anos estão muito abaixo do peso;
• 300 milhões de Dalits vivem na Índia;
• 60 milhões de Dalits são explorados através do trabalho forçado;
• A maioria dos Dalits são proibidos de beberem da mesma água que os de castas mais altas.
300 milhões de Dalits estão escravizados e sem esperança debaixo do julgo do hinduísmo.

Referência bibliográfia:

for Ásia. Gospel – Dalit Awakening (tradução livre)
Site: http://www.dalit-awakening.org/index.htm

WNN-Dalitchildren-IndiaCasteSystem.jpg picture by lysanzia - Photobucket

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REELESE SOBRE A REVISTA HISTÓRIA VIVA

A revista História Viva é lançada mensalmente e conta com vários colaboradores, sendo estes, historiadores, geógrafos, antropólogos, sociólogos, filósofos e outros afins, que por meio de pesquisas elaboram belos trabalhos para a contribuição do conteúdo informativo da revista.
É interessante discorrer que todas as matérias mensais da revista são construídas por meio de fatos que ocorreram e que ficaram marcados para a continuação dos fatos históricos, ou seja, as publicações, geralmente obedecem às datas comemorativas do mês, fatos que marcaram o mundo no passado ou que expressaram reações do mundo contemporâneo.
Relato que os escritores da revista, além de trabalharem com as civilizações egípcia, antiga, medieval, moderna e contemporânea, eles procuram ajustar assuntos atuais que sejam de relevância para o leitor da revista.
Neste mês, podemos citar a jornalista Liliana Pinheiro, que graduou-se em jornalismo pela Universidade Metodista e após passou por várias instituições de comunicação e atualmente é editora-chefe da revista História Viva, que escreve sobre “A volta dos blocos e as pesquisas sobre o Carnaval”, relatando que a volta dos blocos às ruas de cidades ditas “não carnavalescas” vem sendo festejada no país como uma libertação de um modelo único de festa, imposto direta ou indiretamente pelo poder público durante muitas décadas do século XX. Os blocos, de fato, tem sido uma via de liberação da folia em cidades em que os “desfiles de escolas de samba”, no vitorioso modelo carioca, parecem soar falso. Interessante notar que o próprio Rio de Janeiro anda vivendo uma multiplicação de manifestações carnavalescas espontâneas, como que a anunciar ao país que também acredita no carnaval para além das subvenções oficiais e das comissões julgadoras.
Dar conta da compreensão desse processo, com a devida contextualização histórica, não é tarefa fácil. São poucas e muito recentes as pesquisas sobre o fenômeno carnavalesco, que há séculos é um ativo cultural brasileiro de primeira grandeza. Quem conta é a professora Zélia Lopes da Silva, que acaba de lançar o livro Os carnavais de rua e dos clubes na cidade de São Paulo – metamorfoses de uma festa (1923-1938), pela editora Unesp. De acordo com ela, as ciências sociais começaram a produzir algo somente na década de 70. Já a história chegou ao tema ainda mais tarde, na década de 80, e ainda assim com uma participação insignificante em relação às outras áreas.
A professora informa, no livro, que o carnaval em São Paulo, a partir de 1930, sofreu alterações radicais, “com a instituição de comissões julgadoras oficiais”, compostas por artistas de formação acadêmica e por representantes do poder público. Também começa aí a adoção do “modelo único” de festa brasileira, que desestimulou as formas mais livres de expressão dos foliões. Ela se refere a São Paulo, objeto de seu estudo, mas a memória das pessoas com mais de 50 anos no Brasil revela uma extensão muito maior do fenômeno, em especial no interior.
Zélia Lopes da Silva conta as formas utilizadas para esse enquadramento da festa. Nos anos 30, além dos concursos oficiais, foram proibidas máscaras em São Paulo. “Essa medida tornava cada vez mais difícil a metamorfose do folião, de sujeito em personagem, o que permitia satirizar tudo e todos, uma vez que o disfarce era um dos elementos em que se apoiavam as transgressões”.
Referência bibliográfica:

Site: www.históriaviva.com.br